Nas paredes dos prédios
Descia o sangue dos afro-latinos
Nas encruzilhadas da cidade
Negrinhos de pouca idade
Com seus corpos, energia e mentes adoecidas.
Nas fachadas dos prédios
A dor da escravidão
No passado de progresso
Que progresso?
A ordem e o progresso
Sempre foram
A dor da maioria
O mais belo não é reivindicar,
Nem se inspirar nesses dias passados.
Esse passado
Deve ser lembrado para esquecermos o progresso,
E pensarmos no homem e nas mulheres,
Na igualdade e liberdade.
Olhar
O céu azul e estrelado
E cultivar o que povo ensinou:
Resistência
Das práticas cotidianas desses dias
A hospitalidade
Recheada
Com Doces, Churrasco, Chimarrão...
No Bar Liberdade,
apresentado por Roger e Ana Helena,
(se me permitem, dois novos amigos)
O samba e o choro
Remonta a negritude,
Sempre negada pelo discurso único e dominante...
No Bar Cruz de Malta
As marcas das histórias da juventude,
Das risadas a sérias discussões....
Nas histórias da juventude
Machadiana,
Participação política
Em alta ebulição...
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